A Imagem dos Trópicos

Refino #3 e #4

2016 | Tiago Sant’Ana


O pintor Jean-Baptiste Debret fez parte da Missão Artística Francesa, que veio ao Brasil em 1816. Debret trabalhou como pintor da Corte, e sua missão era representar acontecimentos ilustres e cenas oficiais. Mas não foi só isso que retratou. Em seus desenhos está o dia a dia das ruas e das casas brasileiras, estão as florestas e os índios, está a vida cotidiana da população negra escravizada. A obra “Refino #3 e #4” de Tiago Sant’ana critica a aceitação da escravidão na obra de Debret. Nos vídeos o artista, primeiro cobre as pranchas de Debret com açúcar, para depois retirar pouco a pouco o açúcar que colocou. O ciclo do açúcar tinha como motor a mão de obra escravizada. Escavar o açúcar significa, na obra, desconstruir o passado colonial e os horrores da escravidão e propor um novo lugar para a memória negra. As cenas de Debret ainda serão visíveis hoje? Ainda podemos ver a memória da escravidão no Brasil de hoje?

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